quarta-feira, novembro 29, 2006

o início do nosso debate....

Publico o fundamental da opinião do camarada Rui Zeferino:
"Serei breve nos comentários, apesar do meu último afastamento não me deixei de interessar pela discussão política, e por isso mesmo cabe-me como pessoa responsável vir questionar e avisar sobre algumas questões.

Assim sendo, e em primeiro lugar gostaria sem colocar em causa a ideia e a importância do combate sobre a IVG, de questionar se não se estará a reduzir a JS à questão da IVG, será esta a única coisa que interessa à JS??, a nossa sobrevivência politica depende de uma vitória no referendo? e se perdermos...que vai acontecer? a JS acaba? Claro que a JS não acabaria, mas está-se a exagerar ao reduzir a JS a esta questão, que entendo fundamental, mas não a este ponto. Não me parece que seja positivo voltar aos tempos do Sergio Sousa Pinto.
É pois necessário, actuar noutras àreas, pois recuso uma JS "entrincheirada" nas questões fracturantes, e mais quando se afirma que este é um problema que preocupa todos os jovens, eu tenho pessoalmente as mais sérias dúvidas, e volto a pensar, como pensava e penso que o que preocupa os jovens é a educação, o emprego e a habitação, curiosamente ou talvez não os pontos chave que tenho ao longo dos últimos anos defendido. Cabe pois questionar o que foi feito até agora? e responsávelmente me associo ao que devia ter feito e ainda não fiz para promover estas ideias. Aqui sim deve a JS actuar desde o nucleo à comissão nacional e secretariado nacional.
Cabe-me ainda perguntar e deixar o alerta, se esta ideia é importante para os jovens como alguns afirmam, como vão fazer uma campanha para os jovens, quando estes representam a maioria da abstenção, continuamos a querer dar um passo maior que a perna, pois em primeiro lugar e há muitos anos que se devia ter criado uma cultura civica de participação politica, estando aqui em causa o problema do abstencionismo jovem, que também já tive oportunidade de tentar trazer para a discussão, mas que me parece ter caído no esquecimento. O problema é pois saber como se dirige uma campanha aos mais jovens quando estes não vão sequer votar.
Quanto à IVG, parece-me uma bandeira importante para um país civilizado, sendo certo que apoiarei, mas nunca esquecendo que nem tudo se resume a isso, pelo que acima disse.
Rui Zeferino"


Relembro que este post surge na encadeamento da discussão aqui aberta em torno da IVG. (consultar post anterior).
Nuno Cordeiro

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