sexta-feira, março 17, 2006

Contrato Primeiro Emprego II

O Contrato Primeiro Emprego continua a provocar uma onda de contestação, a propósito das suas consequências quanto ao futuro laboral dos Jovens. Para já, e começando pela definição, pode-se encontrar a definição do CPE aqui. A comunicação social portuguesa, na minha opinião, já escolheu um lado da trincheira, pelo que não me parece que se possa garantir a isenção.

Percebe-se bem o receio dos jovens, nomeadamente no que toca à precarização dos laços laborais bem a ausência de uma "almofada" (sem contar com o subsídio de desemprego) com o fim do contrato, que pode, relembre-se, ocorrer sem necessidade de se invocar um motivo justificativo.

Por outro lado, há outros argumentos, principalmente no que toca ao facto destes mecanismos poderem provocar uma diminuição do desemprego jovem (elevadíssimo em França), muito bem explanados aqui.O que é certo é que esta discussão, se o CPE for aplicado em França, rapidamente alastrará.

Estou curioso para ver como Portugal reagirá. Como profissional liberal, obviamente que não afasto a possibilidade de aceitar esta "revolucionária" alteração. Pelo menos poderá pôr fim a muitas situações que por aí se vivem. Por outro, temo, uma vez que temos mais patrões que empresários, um uso completamente obtuso destes mecanismo. No entanto, neste momento interessava-me mais a discussão.

João Melo Alvim

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