sábado, maio 28, 2005

Políticas Municipais de Juventude

A JS Distrital fez a sua primeira aparição pública, dia 27 de Maio, no "Fórum Caldas com Ambição", onde se discutia a temática "Políticas Municipais de Juventude".
A discussão foi rica, mas houve alguma dificuldade um definir um conjunto de questões importantes. Aliás, o que são verdadeiras "Políticas Municipais de Juventude"?
Devem estar pensadas para o geral ou para prevenir "fugas"? Isto é, políticas que incentivem a criação de espaços artísticos, desportivos, que promovam o associativismo e o empreendedorismo ou políticas que recuperem, incluam ou inseram socialmente?
Todos gostaríamos de ter um espaço onde fossemos reconhecidos por aquilo que somos ou seja sermos cidadãos mais jovens em termos de idade. Não somos menos, nem mais, mas temos alguns problemas a entrar no mundo do trabalho, se em termos de vida social, enveredarmos por comportamentos como a toxicodependência ou a deliquência juvenil, é-nos difícil voltar a ser cidadãos de pleno direito, muito por culpa dos constrangimentos sociais.
O que necessitamos?
Conselhos Municipais de Juventude, como orgãos dinamizadores dessas políticas que ajudem, previnam e incluam?
Gabinetes de Apoio ao Investimento Jovem, articulados com incubadoras de empresas, com associações como a ANJE e com as Associações Locais de Comércio, Serviços e Indústrias?
Gabinetes ou grupos que definam, em termos autárquicos, quais os passos que se podem dar quando se fala em promover a reinserção de um jovem toxicodependente ou de um delinquente, estabelecendo protocolos com empresas? Mais, divulgar hipóteses da realização de trabalho comunitário com hipóteses de reinserção profissional, com o recurso às Câmaras Municipais, aos Tribunais e aos defensores dos arguidos (no caso da delinquência), para facilitar a aplicação de medidas que evitem a prisão e possibilitem uma hipótese de reinserção.
Estabelecer um "Conselho de Artes" informal, ligado aos pelouros da Cultura e da Educação, onde se pudessem definir quais as prioridades e quais os investimentos ligados à área artística que se podem desenvolver: locais de grafittis, instalações, manifestações artísticas espontâneas, concurso de criadores locais para mobiliário urbano, apoio a cineclubes, etc, etc?
Criar um "Conselho do Desporto" ligado aos pelouros da Educação e do Desporto que incentivasse a prática desportiva na escola, ligada à variedade desportiva e ao apoio concelhio, criando equipas locais que competissem? Que incentivasse a realização de várias iniciativas desportivas de outro calibre, procurando, junto das Federações Nacionais divulgar outras actividades que ainda não "explodiram" no nosso País?
Poderíamos falar também em Ambiente e Património, como forma de consciencializar os jovens, promovendo a defesa dos dois e promovendo alguma inserção profissional, uma vez que se relacionam com o Turismo.
Tudo isto são hipóteses de criação de "órgãos", com alguma informalidade (e natural independência e pouca instrumentalização) que podem ajudar a fazer a diferença.
Para já, suscitava a discussão, no sentido de se elaborar um documento, em sede de CPD, acerca do rumo que estas políticas devem levar, com exemplos concretos de implementação de organismos que prezem essa informalidade e independência, derivados de um associativismo que queremos mais forte.
A vós a discussão.

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